Danilo Georgete

"Essa prata vale ouro!". Essa foi uma das frases que Galvão Bueno soltou no dia que eu me apaixonei pelos Jogos Olímpicos. A voz que narrou aquela prata do revezamento masculino 4x100 nas Olimpíadas de Sidney-2000, está fazendo 70 anos hoje. E aquele momento foi apenas um dos vários que sua voz levou emoção aos lares brasileiros.

Foi naquele dia nos Jogos de Sidney que eu me apaixonei por Olimpíada, lembro de ver aquela final ao lado do meu pai e sem sombra de dúvidas a narração do Galvão deu um tom a mais de emoção naquela conquista incrível de Claudinei Quirino, Vicente Lenílson, André Domingos e Edson Luciano. Aquele quarteto voando na pista de atletismo e a voz entusiasmada do Galvão narrando moldaram a minha paixão pelo maior evento esportivo do mundo.

Nem todos adoram o Galvão e como dizia Nelson Rodrigues "toda unanimidade é burra", então ainda bem que não é unânime o gosto pela narração dele. Quem é da área assim como eu sabe que o Galvão é um dos maiores no que faz e não digo aqui no Brasil apenas, mas no mundo. Sua impressionante qualidade de narrar o esporte que for faz dele único e o jargões e bordões criados tornam nosso esporte mais feliz.

Amando ou não, você tem que concordar que muitas conquistas brasileiras não seriam a mesma sem a voz de Galvão Bueno, afinal de contas todo mundo grita "É tetra! é tetra!" ou já brincou com o "olha o que ele fez", "Rrrrrronaldinho". Galvão Bueno é uma das vozes mais incríveis do nosso jornalismo esportivo e até hoje sinto não ter cruzado com ele pelo Parque Olímpico durante a Rio-2016.

Parabéns, Galvão! E obrigado por ilustrar tão bem a paixão do brasileiro por esporte!

Foto: Divulgação